Acompanhar os ajustes de alta da taxa Selic podem render bons resultados em seus investimentos.
Em maio, a taxa Selic registrou o décimo aumento consecutivo chegando a 12,75% ao ano. Este ciclo de alta promove muitas oportunidades para quem é investidor, mas também traz impactos no dia a dia de todo brasileiro. Ainda mais porque esse é o maior patamar da taxa básica de juros desde janeiro de 2017! Além disso, a expectativa é que na próxima reunião do Copom, em junho, ocorra outro ajuste de alta.
No artigo a seguir, você vai entender mais sobre como a Selic afeta sua vida financeira. Também vai aprender como se posicionar neste cenário para investir melhor – e lucrar mais!
O que é taxa Selic
De forma geral, a Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ou seja, o mercado financeiro fica sempre atento aos ajustes de valor porque é a partir dele que se regula as outras tarifas, como a taxa de juros cobrada em empréstimos, cartões de crédito ou financiamentos bancários.
Também é pela Selic que se estabelece o retorno de aplicações financeiras. Desta forma, os seus investimentos podem ser impactados diretamente pela alta ou baixa da Selic.
Quem decide o ajuste
O nome Selic é a sigla de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É por meio desse programa que o Banco Central opera na emissão, compra e venda de títulos públicos, emitidos pelo Tesouro Nacional. Então, quem decide os ajustes da taxa Selic, seja de alta ou baixa ou estabilidade, é o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), em reuniões que ocorrem a cada 45 dias.
Como é feito o cálculo
Antes de tudo, saiba que a Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Ela faz parte da política monetária instituída no Brasil. Para fazer este cálculo, o Copom considera principalmente fatores macroeconômicos, como inflação, taxa de câmbio, importações e exportações. Também são analisadas a atividade e a expectativa de crescimento econômico do país.
Atualmente, o ajuste da Selic em 12,75% ao ano é uma tentativa de diminuir a liquidez de dinheiro e conter a inflação.
Investindo com a Selic em alta
Como você viu, a alta da Selic aumenta a taxa de juros em empréstimos e financiamentos. Por outro lado, para quem investe ou quer investir, o retorno de algumas aplicações passa a ser mais atrativo. No ajuste atual de 12,75%, por exemplo, muitos investimentos de renda fixa voltam a ter rentabilidade de 1% ao mês, enquanto a poupança se mantém em 0,5%.
Confira a seguir como investir melhor com a alta da taxa Selic.
1- Renda fixa
Toda alteração na Selic causa efeito imediato nos investimentos de renda fixa. Isso porque a taxa de muitas modalidades estão vinculadas à Selic: quanto mais alta, maior será o retorno financeiro. Confira os principais investimentos de renda fixa que estão, direta ou indiretamente, atrelados à Selic.
- Tesouro Selic
- CDB – Certificado de Depósito Bancário*
- LCI – Letra de Crédito Imobiliário*
- LCA – Letra de Crédito do Agronegócio*
- Poupança
* Os títulos privados de renda fixa estão atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), taxa que acompanha o ajuste da Selic.
2. Renda variável
Quando o investimento é realizado em renda variável, o ajuste na taxa Selic costuma provocar oscilações temporárias. Isso porque causa especulações no mercado, com a entrada ou saída de dinheiro nesta modalidade. Quando a Selic aumenta, por exemplo, muitos investidores podem priorizar seus aportes em opções de renda fixa, atraídos pelos juros maiores e risco menor.
Lembrando que as opções em renda variável costumam trazer retorno financeiro maior. Mas, como são mais imprevisíveis, investidores conservadores costumam priorizar aportes em renda fixa, especialmente com a Selic em alta.
Diversifique os investimentos
Para investir melhor e ter lucros maiores é sempre importante ficar atento às oportunidades do mercado. O aumento da taxa Selic pode ser um bom momento para você avaliar os ativos de renda fixa. Afinal, eles são bons para estar na base da sua carteira.
Porém, lembre-se que o foco no mercado de ações é o longo prazo. Em uma estratégia de diversificação consistente, você deve alocar seu dinheiro de forma rentável e sempre protegendo o seu patrimônio. Neste caso, sempre considere diversificar em três escalas: modalidades de investimento; classes de ativo ou segmentos de atuação; e localização.
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