Conheça o HASH11 e o QBTC11 e veja como é possível investir em criptomoedas na Bolsa de Valores do Brasil.
Em breve, haverá dois ETFs (Exchange Traded Funds) de criptomoedas na Bolsa de Valores do Brasil (B3), o HASH11 e o QBTC11.
Esta é a primeira vez que brasileiros poderão investir em criptomoedas com a facilidade proporcionada por um ETF.
Enquanto o HASH11 estreou no dia 22 de abril, o QBTC11 ainda não tem uma data exata, mas a expectativa para o lançamento é ainda no primeiro semestre de 2021.
Normalmente, as taxas de ETFs costumam ser mais baixas que as taxas de fundos tradicionais. Essa também é a expectativa em relação aos novos ETFs.
Outro ponto interessante é que, devido à concorrência, a taxa de administração deve baixar ainda mais.
Isso devido ao lançamento do QBTC11 estar próximo ao do HASH11, o que gera concorrência natural e alta demanda pelas cotas.
Juntos, eles serão não apenas os dois primeiros ETFs de criptomoedas do Brasil, mas também da América Latina.
Vamos conhecer melhor cada ETF
HASH11
O HASH11 é gerido pela Hashdex, uma gestora registrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que já tem Fundos de Investimento em criptomoedas no Brasil há algum tempo.
Em parceria com a Nasdaq (Bolsa de Valores norte-americana), ela já criou um fundo de criptomoedas na Bolsa de Bermudas.
Essa parceria criou o índice NCI (Nasdaq Crypto Index), ao qual o HASH11 está ligado.
Quem investir nesse ETF terá exposição a seis criptomoedas diferentes, sendo:
- Bitcoin (79,68%);
- Ethereum (16,93%);
- Litecoin (1,24%);
- Chainlink (1%);
- Bitcoin Cash (0,64%);
- Stellar (0,50%).
Assim sendo, o HASH11 não é focado apenas em Bitcoin, a criptomoeda mais famosa do mundo, mas diversifica seus investimentos em outras.
QBTC11
Já o QBTC11 é totalmente focado em Bitcoin e não opera com nenhuma outra criptomoeda.
Ele é gerido pela QR Asset Management, e teve o pedido de abertura do ETF aprovado no dia 19 de março de 2021 pela CVM.
O QBTC11 usará como referência o índice da Chicago Mercantile Exchange (CME), que também é utilizado para balizar contratos futuros de Bitcoin.
A vantagem para quem escolher o QBTC11 é ter a certeza de investir em uma criptomoeda proeminente, que tem solidez de mercado.
A opção entre um ETF e outro vai depender da estratégia de cada investidor.
É mais simples investir com os novos ETFs
Agora, a exposição às criptomoedas pode ficar mais simples para aqueles que têm interesse neste tipo de investimento.
No Brasil, os investimentos em criptomoedas ainda não são muito difundidos.
Um dos principais motivos é devido ao receio de investir em algo que ainda é novo por aqui, como o Bitcoin, cujo valor muitas pessoas ainda não compreendem.
Agora, com os ETFs, isso tudo ficará facilitado podendo confiar mais no investimento devido à gestão do fundo que fica nas mãos de uma administradora.
Por fim, ETFs são boas opções para quem está começando a investir agora e ainda não entende muito sobre o assunto.
A alta do Bitcoin
Hoje, o Bitcoin é a principal criptomoeda do mercado e vive a sua maior alta. O valor do Bitcoin já ultrapassou a marca dos US$ 60 mil em 2021.
Houve uma queda no dia 25 de março, mas mesmo assim, a alta foi de cerca de 76% somente em 2021.
Enquanto o Bitcoin chegou ao preço mais alto de sua história, ele vem tomando os noticiários do mundo todo.
Entretanto, ela divide opiniões entre os especialistas. Enquanto alguns pensam que o Bitcoin tem lucro e potencial como uma moeda digital universal, outros acreditam que ela está fadada a quebrar em determinado ponto.
Mesmo assim, existe uma alta demanda institucional pela criptomoeda.
A Tesla comprou US$ 1,5 bilhão em Bitcoin em janeiro de 2021, enquanto a MicroStrategy adquiriu mais US$ 1 bilhão da criptomoeda.
Primeiro ETF de Bitcoin da América Latina
O QBTC11 será o primeiro ETF de Bitcoin da América Latina, um ETF brasileiro.
Devido à grande repercussão do Bitcoin no restante do mundo, isso coloca naturalmente o Brasil em uma posição de destaque frente ao mercado de investimentos, de negócios e financeiro.
Além disso, o QBTC11 será somente o quarto ETF de Bitcoin existente no mundo, onde os outros três são canadenses. Os reguladores dos Estados Unidos ainda estão analisando pedidos.
O objetivo do novo ETF é oferecer exposição ao Bitcoin de forma fácil e segura. O investidor não precisará se preocupar com carteiras digitais ou chaves de acesso.
Bastará procurar pelo ativo QBTC11 na plataforma de cada corretora e fazer o investimento.
Inicialmente, o QBTC11 estará disponível apenas para investidores qualificados (aqueles que já possuem R$ 1 milhão ou mais em investimentos), com uma meta de arrecadação de R$ 500 milhões.