Inflação crescente, taxas de juros elevadas, incertezas políticas e econômicas… o mundo caminha para a maior crise econômica da sua história?
Inflação alta, taxas de juros elevadas, demissões em massa, perda do poder de consumo das famílias…
Quem olha para as notícias do pós pandemia pode se assustar com o cenário que está por vir.
É verdade que muitos gurus de investimentos também se aproveitam do medo e das incertezas para os seus próprios objetivos, mas nem por isso a pergunta deixa de ter a sua relevância.
Estamos caminhando para a maior crise da história?
E, se realmente estamos, o que devemos fazer para nos proteger?
Parte I – Nunca se guie pelo medo
Quando falamos em investimentos, o medo é sempre um péssimo conselheiro.
Mas o medo não deixa de ser um gatilho e uma estratégia muito explorada por comunicadores e profissionais de marketing para vender os seus serviços ou aumentar a sua audiência.
Durante a pandemia do Coronavírus, em março de 2020, o medo generalizado provocou uma das maiores quedas nos preços dos ativos das últimas décadas.
Empresas boas, com administração profissional, bom fluxo de caixa e poucas dívidas viram o preço dos seus papéis caírem a níveis extremamente baixos — tudo isso motivado pela incerteza e pelo medo do futuro.
Uma situação semelhante vem acontecendo nos últimos meses, onde o medo de uma recessão global tem impactado negativamente as expectativas dos investidores.
A questão é que o mercado como um todo se movimenta por ciclos de altas e baixas.
A título de exemplo, nos últimos 30 anos a Bolsa de Valores brasileira teve 12 anos de quedas maiores de 50%.
É uma média de uma grande queda — uma “crise” — a cada 3 anos.
Porém, mesmo com todas essas “crises”, o histórico da nossa Bolsa de Valores é de alta.
Ou seja: quem investiu durante 30 anos, mesmo vendo essa variação negativa durante 12 anos, ainda teve um retorno positivo!
Imagine só o prejuízo de quem tomou 12 decisões baseadas no medo!
Parte II – Foque no que você tem controle
O segundo ponto que você precisa ter em mente é focar naquilo que realmente você tem controle.
Você tem controle sobre quando o FED, o Banco Central americano, vai aumentar a taxa de juros? Não.
Você pode escolher quem será eleito na próxima eleição presidencial? Não.
Você sabe quanto será a cotação do dólar daqui 6 meses? Não.
Você sabe quais empresas vão surgir com soluções inovadoras daqui 10 anos? Muito provavelmente não.
A realidade é que nós, como investidores, não temos controle de nenhum fator externo que pode impactar gravemente os nossos investimentos.
Mas temos, sim, um controle do risco que aceitamos correr com a nossa carteira.
Essa exposição ao risco é uma decisão que cabe a cada investidor. Alguns serão mais agressivos, outros mais conservadores.
Mas esse é o único ponto que temos controle, independentemente do cenário econômico.
Então, se o momento for de crise, você pode organizar sua carteira de investimentos de uma forma que proteja o seu capital.
Se a economia voltar a dar sinais de melhora, você pode alocar recursos para investir em empresas na Bolsa de Valores.
Essa deve ser a sua preocupação na hora de investir, e não tentar prever quando a próxima crise irá começar ou terminar.
Parte III – Como investir? Com crise ou sem.
Uma mentalidade de investimentos, portanto, deve preocupar-se primeiro com os riscos aos quais está exposto e não em decisões baseadas em notícias ou vídeos apocalípticos.
Um investidor de sucesso pensa no longo prazo e desenvolve uma cultura de aportes regulares nos seus investimentos, independentemente do cenário econômico.
Portanto, mesmo que estejamos diante de uma das maiores crises da história, a cultura de aportes deve permanecer — a única coisa que irá variar é a sua exposição ao risco em cada momento.
Se você mantiver uma carteira com risco diversificado, fazer aportes constantes (todos os meses) e focar no longo prazo, é muito difícil que o seu capital não se multiplique com o passar dos anos.
Para aprender a montar uma carteira diversificada de investimentos e investir em ações no longo prazo, considere o nosso treinamento Diversificando Investimentos.